PT comemora hoje 32 anos de fundação
O
PT faz festa nesta sexta-feira em Brasília, para comemorar os 32 anos
de sua fundação, com uma agenda de contradições. Por meio de uma
resolução política que foi discutida exaustivamente nesta quinta-feira
pelo Diretório Nacional, o partido, além de tentar acertar seu discurso
sobre a guinada do governo Dilma em relação às privatizações, busca
reduzir as resistências internas à política de alianças definida para as
eleições deste ano, especialmente em São Paulo. O documento também
prega a velha e polêmica bandeira dos petistas: o que eles chamam de
“democratização” dos meios de comunicação.A resolução do PT ainda terá
uma versão final a ser apresentada nesta sexta-feira, mas o texto
discutido nesta quinta-feira estabelecia a importância do debate sobre
os meios de comunicação: “Outra campanha importante que o PT lançou e na
qual avançará em 2012 é a campanha pela democratização dos meios de
comunicação de massa, que aperfeiçoa nosso processo democrático ao dar
voz a todos os setores da sociedade”.
No
mesmo item, o comando petista emendou que 2012 também será o ano da
Comissão da Verdade. Embora irritado com as versões vazadas sobre a
resolução política que será divulgada nesta sexta-feira, o presidente
nacional do PT, Rui Falcão, confirmou que a concessão dos aeroportos foi
debatida no diretório nacional e constará do documento oficial.
Falcão rebateu as declarações do PSDB de que o PT rendeu-se às privatizações ao conceder aeroportos para a iniciativa privada:
"Nós
não confundimos concessões com privataria. As concessões fazem parte da
Constituição, e o PT nunca se voltou contra a concessão de serviço
público".
Na
resolução do partido, a argumentação é semelhante: “Não é verdade que
acabou a disputa ideológica sobre as privatizações, como afirmou uma
apressada voz tucana”, começa, em referência indireta ao ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso.
Sobre
a greve dos PMs na Bahia, o documento reitera que o PT sempre apoiou e
continuará apoiando movimentos grevistas, desde que sejam pacíficos.
O
ex-presidente Lula não irá à festa do PT, por causa do tratamento
contra o câncer, mas está trabalhando ativamente para atrair o PSD de
Gilberto Kassab à campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.
"Na
política os acordos têm que ser feitos. E, muitas vezes, nós temos
imposições nacionais, como no caso da Dilma, e outras vezes regionais,
que se justificam principalmente se a intenção é ganhar. No caso de São
Paulo, eu acho que está sendo um esforço grande, mas me parece
complicado uma associação com o Kassab", disse a senadora Marta Suplicy
(PT). "Tenho que aguardar uma decisão partidária (sobre) se essa aliança
vai acontecer. Não quero ter o susto de entrar de cabeça e acordar de
mãos dadas com o Kassab′.
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