Momentos de Fato

sábado, 15 de junho de 2013

 É O FIM!

MÃE ENCOMENDOU ASSASSINATO DO FILHO E AINDA FOI CONFERIR SE ELE ESTAVA MORTO


Maria da Conceição fingiu auxiliar nas buscas. O presídio Serrotão já comunicou que ela e o amante correm sérios riscos de vida se ficarem em celas com outros detentos.



Durante entrevista coletiva na 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Campina Grande, na manhã desta quarta-feira (5), as autoridades confirmam que a mãe do garoto Lucas Pereira, de 11 anos, encontrado morto em uma casa abandonada na zona rural de Alagoa Nova, a 99 km de João Pessoa, foi a mandante do assassinato contra o próprio filho. O executor, segundo a polícia, foi José Junior Silvino dos Santos, 26 anos, apontado como amante de Maria da Conceição Pereira, 31 anos. Ela costumava usar vários nomes para ser identificada.

Foto: TV Correio/Record 
De acordo com as investigações, a acusada conheceu o rapaz há apenas um mês e como a criança havia flagrado os dois se beijando, o objetivo era omitir o romance proibido dos dois, já que ela é casada com o pai do menino. Maria presenciou o assassinato de Lucas e ainda teria perguntado a Júnior se ele tinha certeza de que a criança estava morta.  A acusada também teria oferecido em torno de R$ 1 mil para que o amante cometesse o assassinato. Segundo a polícia, no dia 27 de maio, Maria da Conceição e José Júnior colocaram a criança numa moto e a levaram para um casa abandonada, na zona rural de Alagoa Nova. No local, o menino foi estrangulado com as mãos e depois pendurado em uma janela com um fio amarrado no pescoço. Como o corpo permaneceu por seis dias naquele lugar, entrou em avançado estado de decomposição e alguns cachorros que circulavam pelo imóvel, passaram a se alimentar do cadáver.
Casa abandonada onde o corpo foi achado Foto: TV Correio/Record


O que os acusados não sabiam é que um agricultor viu quando o casal chegava ao local do crime junto com a criança. Ele se tornou a principal testemunha do caso. Maria da Conceição só fez um boletim de ocorrência alegando o desaparecimento da criança, três dias depois do assassinato e tentou despistar os policiais levando-os para locais distantes, além de espalhar cartazes com a foto do filho que, até então, era tido como desaparecido. O corpo de Lucas só foi achado na última segunda feira (3).

Menino encontrado morto, Lucas Pereira da Silva. Foto: Belarmino Notícias
De acordo com as informações divulgadas na entrevista coletiva, a direção do presídio do Serrotão, em Campina Grande, já emitiu um comunicado afirmando que os dois acusados correm sérios riscos se forem colocados em celas com outros detentos daquela unidade e por isso o casal está temporariamente detido na Central de Polícia, até que seja definido o local exato onde os dois vão cumprir pena por homicídio triplamente qualificado.
O delegado Marcos Paulo disse que Maria da Conceição confessou ter encomendado o crime, depois de passar muito tempo negando em um longo depoimento, mas à imprensa ela diz que não é responsável pelo assassinato e ainda culpa o amante. José Júnior, que matou a criança, afirma que foi  mandado pela mãe da vítima e confirma que ela ofereceu o valor acima descrito para cometer o homicídio.

O caso Lucas Pereira da Silva foi tido pela polícia como desaparecido no dia 28 de maio. A mãe do menino prestou queixa e estava desequilibrada, sem saber explicar com detalhes toda a situação. Inicialmente, ela disse que saiu com seu filho e um desconhecido para vender uma moto. A acusada teria sido vista no sítio, na companhia de um homem e da criança e não soube explicar como o menino sumiu.


A polícia estava trabalhando em duas linhas de investigação, com hipóteses da participação da mãe na morte do próprio filho. Segundo o delegado regional da Polícia de Campina Grande, Marcos Paulo Vilela, a primeira hipótese investigada era a de que ela estaria traindo o marido e o menino descobriu o caso. A acusada teria contratado um homem para matá-lo.

A segunda linha de investigação era de que o suspeito seria o próprio amante. O delegado chegou a cogitar que a criança teria sido violentada sexualmente antes de ser assassinada.

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