Região Assú registra mais de 1.600 casos de violência contra a mulher
ASSÚ - Os registros
de violência contra a mulher apresentaram índices considerados
alarmantes pela equipe que trabalha no âmbito do Núcleo de Atenção à
Mulher e ao Idoso (Nami), instalado num dos compartimentos internos do
prédio da Delegacia de Polícia Civil, em Assú. O levantamento
estatístico corresponde a Assú e toda a região circunvizinha e se refere
ao exercício de 2012.
Informação de Maria
das Graças Mesquita, assistente social do quadro de servidores do Nami,
revela: um total de 1.665 mulheres de Assú e cidades circunvizinhas
teve registro no órgão na condição de vítimas de violência - física,
social, financeira, psicológica, sexual e outras.
Em mais de 95% dos
casos, o responsável pela agressão é o companheiro da própria vítima -
namorado, esposo, parceiro etc. Os agressores, por sua vez, tentam
transferir para o álcool a motivação pelo delito que cometeram.
"Eles sempre chegam
[ao Nami] com a mesma desculpa, dizendo que tudo foi por conta da
maldita da cachaça", ilustrou a assistente social. Os casos de violência
física totalizaram 315 mulheres alvo de espancamento na alçada do Nami.
Houve ainda a ocorrência de 638 casos de mulheres violentadas
psicologicamente.
Agressões contra idosos também preocupam
O índice de
violência contra idosos em Assú e cidades sob a assistência do Nami se
exibe inferior à estatística de violência contra a mulher. Mas não menos
assustador, principalmente levando-se em conta que a maciça maioria dos
casos envolve vítimas absolutamente vulneráveis e indefesas.
Só em 2012 foram observados 370 casos oficiais de agressão de toda espécie contra pessoas da terceira idade na região.
É o que indica o levantamento divulgado por Maria das Graças Mesquita,
do quadro de atendentes do Nami - vinculado à Secretaria de Estado da
Justiça e Cidadania (Sejuc).
O estudo indicou que praticamente todos os registros de agressão contra
os velhinhos foram protagonizados dentro do próprio lar. Ou seja, foram
os próprios familiares - filhos, netos, genros, noras etc. - que
submeteram os idosos à humilhação e à vergonha.
Um dos motivos mais recorrentes de agressão e desrespeito ao idoso na
região é na usurpação do cartão da Previdência Social dos que são
aposentados, para ser usado para obtenção de financiamentos diversos,
visando adquirir bens variados ou tão somente para custear a diversão
dos outros.
Dinheiro que, conforme observação feita pela assistente social do Nami,
"deveria ser usado para garantir um pouco de dignidade e conforto aos
que já cumprem o último estágio de suas vidas".
O mossoroense
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