Momentos de Fato

sexta-feira, 13 de abril de 2012

INTERIOR DO RN TERÁ MAIS DE 5 MIL NOVAS CASAS POPULARES 

Postado por: Momento de Fato


A segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV 2), destinado a famílias com renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 1.600,00), foi lançada ontem pela presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. No Rio Grande do Norte, o programa prevê a construção de  5.690 unidades habitacionais em 139 municípios, com até 50 mil habitantes. Em média, cada município potiguar terá 40 moradias construídas pelo programa.
 
O nível de pobreza das cidades foi o critério que orientou a escolha das que serão contempladas. Em todo país,  2.582 municípios serão contemplados, somando  107.348 unidades habitacionais. Para isso, o investimento será de R$ 2,8 bilhões. O subsídio dado pelo governo federal nesta fase é de R$ 25 mil por habitação. A previsão é que até 2014 todas as unidades sejam entregues. Por ser voltado às famílias de baixa renda, para dar a elas acesso à moradia, o diretor financeiro do Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon RN) e presidente do Coopercon, Marcus Aguiar, explica que esta nova etapa não deverá ter reflexo para a indústria de construção civil.
 
 "É um programa importante para atender o interesse social, que complementa o programa Social de Habitação, mas não há impacto na economia macro. Somente pequenas construtoras se interessarão e movimentará a economia desses municípios", afirma. Isto porque, acrescenta Marcus Aguiar, são municípios pequenos (com até 50 mil habitantes), o subsídio é baixo e as construções pulverizadas, condições consideradas não atrativas para as grandes construtoras, que acabam atuando somente nas fases 1 e 2, para municípios maiores e Região Metropolitana de Natal.   A primeira fase do programa se destinava a municípios com densidade populacional entre 50 mil a 100 mil habitantes. Uma segunda fase, lançada há mais de um mês, também inclui essa faixa. 
 
O diretor do Sinduscon disse lamentar que programas de habitação popular em todo país enfrentem diversas dificuldades, sobretudo em relação a falta de terrenos e preços compatíveis com a renda dos mutuários, como ocorre em Natal.Um empecilho para a entrada da capital no Programa. Entre o MCMV 1 e 2 - destinados a cidades com até 100 mil habitantes -, foi  contratado apenas um empreendimento na capital, com 900 unidades, no Conjunto Planalto, na zona Oeste. "O subsídio dado é para o terreno mais construção. Acontece que, com os valores de mercado praticados em Natal, se torna inviável o valor para este fim", disse Aguiar.  Mesmo a capital ficando de fora, houve um crescimento imobiliário na Região Metropolitana de Natal. Mais pessoas tiveram acesso a casa própria. 
 
Uma alternativa apontada seria a cessão ou doação de terreno pelo Município ou Estado. Nos projetos selecionados para a fase anunciada ontem, estados e municípios apresentaram contrapartidas que facilitam a execução do empreendimento, como a oferta de terrenos.  Ainda não foi divulgado como as famílias poderão ser beneficiadas pelo programa.

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