INTERIOR DO RN TERÁ MAIS DE 5 MIL NOVAS CASAS POPULARES
Postado por: Momento de Fato
A
segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV 2), destinado a
famílias com renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 1.600,00), foi
lançada ontem pela presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. No Rio Grande
do Norte, o programa prevê a construção de 5.690 unidades
habitacionais em 139 municípios, com até 50 mil habitantes. Em média,
cada município potiguar terá 40 moradias construídas pelo programa.
O
nível de pobreza das cidades foi o critério que orientou a escolha das
que serão contempladas. Em todo país, 2.582 municípios serão
contemplados, somando 107.348 unidades habitacionais. Para isso, o
investimento será de R$ 2,8 bilhões. O subsídio dado pelo governo
federal nesta fase é de R$ 25 mil por habitação. A previsão é que até
2014 todas as unidades sejam entregues. Por ser voltado às famílias de
baixa renda, para dar a elas acesso à moradia, o diretor financeiro do
Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon RN) e
presidente do Coopercon, Marcus Aguiar, explica que esta nova etapa não
deverá ter reflexo para a indústria de construção civil.
"É um programa
importante para atender o interesse social, que complementa o programa
Social de Habitação, mas não há impacto na economia macro. Somente
pequenas construtoras se interessarão e movimentará a economia desses
municípios", afirma. Isto porque, acrescenta Marcus Aguiar, são
municípios pequenos (com até 50 mil habitantes), o subsídio é baixo e as
construções pulverizadas, condições consideradas não atrativas para as
grandes construtoras, que acabam atuando somente nas fases 1 e 2, para
municípios maiores e Região Metropolitana de Natal. A primeira fase do
programa se destinava a municípios com densidade populacional entre 50
mil a 100 mil habitantes. Uma segunda fase, lançada há mais de um mês,
também inclui essa faixa.
O diretor do Sinduscon disse lamentar que
programas de habitação popular em todo país enfrentem diversas
dificuldades, sobretudo em relação a falta de terrenos e preços
compatíveis com a renda dos mutuários, como ocorre em Natal.Um empecilho
para a entrada da capital no Programa. Entre o MCMV 1 e 2 - destinados a
cidades com até 100 mil habitantes -, foi contratado apenas um
empreendimento na capital, com 900 unidades, no Conjunto Planalto, na
zona Oeste. "O subsídio dado é para o terreno mais construção. Acontece
que, com os valores de mercado praticados em Natal, se torna inviável o
valor para este fim", disse Aguiar. Mesmo a capital ficando de fora,
houve um crescimento imobiliário na Região Metropolitana de Natal. Mais
pessoas tiveram acesso a casa própria.
Uma alternativa apontada seria a
cessão ou doação de terreno pelo Município ou Estado. Nos projetos
selecionados para a fase anunciada ontem, estados e municípios
apresentaram contrapartidas que facilitam a execução do empreendimento,
como a oferta de terrenos. Ainda não foi divulgado como as famílias
poderão ser beneficiadas pelo programa.
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