
Uma
benção e um tormento. Vital para o desenvolvimento da agricultura,
principal atividade econômica do município de Ipanguaçu, o Rio Pataxó,
assoreado, tem sido um problema tão grandioso quanto os seus 21 km de
extensão. As cheias, cada vez mais frequentes nos últimos 20 anos,
desabrigam famílias, impedem o funcionamento de escolas, destroem
plantações e abalam fortemente a economia local. Estimasse que a cada
inundação os prejuízos financeiros mínimos sejam de cerca de R$ 8
milhões, fora os problemas psicológicos e sociais que acarretam. De
forma a minimizar danos no próximo período chuvoso, a prefeitura de
Ipanguaçu vem realizando a remoção de vegetação do leito do rio, em
parceria com o governo do Estado. De acordo com o prefeito Leonardo
Oliveira, o governo do Estado havia cedido o pagamento de 300 horas de
trabalho para que duas máquinas realizassem a limpeza, o que resultou em
08 quilômetros do Pataxó. Esta semana o prefeito conseguiu aumentar em
50% a ajuda, de forma que as máquinas trabalharão mais 150 horas,
provavelmente até o final do mês de janeiro. “Essa limpeza, que se soma a
que realizamos com recursos próprios desde o ano de 2009, poderá
minimizar bastante os riscos de danos caso venha a se repetir um inverno
como o do ano passado. Segundo os dados que dispomos, em 2009 as cheias
atingiram mais de 1.815 pessoas, em 2011 o numero caiu para menos de
10% desse total, cerca de 160 pessoas”, afirma Leonardo Oliveira. A
remoção da vegetação do leito do Rio Pataxó, apesar de importante e de
ter o potencial de reduzir ou até, dependendo do volume das chuvas,
evitar danos é uma ação paliativa, lembra o próprio prefeito de
Ipanguaçu. “Queremos com essa limpeza minimizar problemas, enquanto a
obra de macrodrenagem não é iniciada. Trata-se de um trabalho
preventivo”, fala o prefeito.
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