Polícia faz ronda a pé por falta de viaturas
O
cenário de caos que povoa a área de segurança pública do Rio Grande do
Norte ganhou mais um ingrediente com a revelação feita pelo
comandante-geral do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), instalado em
Assú e abrangência por 14 municípios do Vale do Açu e proximidades, o
major Antônio Marinho da Silva.
O
oficial tem procurado a imprensa da cidade e região quase que de forma
sistemática para expor o cenário de dificuldade que tem se refletido
numa má qualidade na prestação de serviços. Major Marinho já se queixou
em mais de uma oportunidade da falta de condição para o setor.
Agora,
veio a informação mais contundente: o policiamento que é realizado pela
guarnição em alguns setores da cidade, como o centro – no qual se
concentram as instituições bancárias, os principais estabelecimentos
comerciais e a própria sede do Poder Executivo – está sendo realizado a
pé.
O
motivo é a falta e estrutura veicular para garantir o suporte
necessário a tal tarefa. “Hoje, se você for verificar no centro da
cidade, na área bancária e comercial, você vê dois ou três policiais a
pé por falta de viatura”, desabafou o comandante-geral. “Infelizmente, é
importante que a gente saiba da situação para depois não culpar os
inocentes”, completou.
Comandante destaca importância de informar a sociedade
Major
Marinho disse que ao trazer tal realidade a público não quer
intranquilizar a população. Mas vê como importante que todos saibam o
que está acontecendo.
O
comandante-geral declarou que todos os fatos já foram devidamente
levados ao conhecimento do comando-geral da corporação, em Natal.
“Foi
mandado já um documento para o comando-geral informando da situação
para ver se dá umas condições de infraestrutura e logística para nós”,
salientou o oficial PM. Ele revelou a intenção de chamar os mais
diversos segmentos sociais do Assú e região para um encontro a fim de se
discutir alternativas para driblar a crise atual.
Propostas
Essa
reunião, que será preciso também ter a concordância da representação do
Ministério Público Estadual (MPE) a comarca, trataria dentre outros
pontos da possibilidade de se colaborar para a manutenção dos serviços
de segurança pública na cidade região. No arco de convidados que seriam
chamados a debater o problema estariam também o Poder Judiciário,
prefeituras e câmaras municipais e, ainda, os representantes do Conselho
Comunitário de Segurança Pública do Vale do Açu. Um das opções a
exibir, descreveu o major Marinho, seria cada setor “apadrinhar” uma
viatura para que o trabalho do policiamento não sofra solução de
continuidade.
Fonte: O Mossoroense