Servidores estaduais da saúde entram em greve
Servidores exigem o cumprimento do Plano de Cargos e Salários da categoria. Foto: Caninde Santos
A
partir de hoje, 1º de agosto, por tempo indeterminado, todos os
servidores estaduais da Saúde, com exceção dos médicos, entraram em
greve. Com a paralisação dos servidores da Saúde, nos Prontos Socorros
funcionarão apenas os serviços de urgência e emergência. No Centro de
Saúde Reprodutiva Leide Morais, o Centro de Reabilitação Infantil (CRI) e
os atendimentos ambulatoriais especializados todos os atendimentos
estão suspensos. Durante a greve, todos os dias haverá mobilização e uma
assembleia está marcada para o próximo dia 9 de agosto, para avaliar o
movimento.
A
sindicalista Simone Dutra, coordenadora geral do Sindsaúde/RN, explica
que o Governo do Estado continua reticente em não receber a categoria.
Ela conta que o ponto principal de reivindicação da categoria é o
cumprimento do Plano de Cargos e Salários da categoria. "Ano passado foi
feito um acordo que se transformou em lei, mas que não está sendo
cumprido. Era para ter sido incorporado agora 25% das gratificações no
salário-base, mas não foi. E embora fosse, esse valor é insuficiente.
Estamos apresentando outra tabela, pois acreditamos que houve um erro
intencional que rebaixa os nossos salários. Rosalba está metendo a mão
no bolso do servidor da saúde para cumprir as responsabilidades do
Estado", destacou.
No
Hospital Santa Catarina, o Centro Obstétrico terá o quadro reduzido, e a
demanda de atendimento, consequentemente, terá que ser reduzida. No
Centro Cirúrgico, os técnicos de enfermagem não irão instrumentar as
cirurgias, pois eles ficarão responsáveis pelo Centro de Recuperação de
Operados e pela circulação nas enfermarias. "Haverá redução de todos os
serviços", afirmou a sindicalista.
O
calendário de atividades continua ao longo da semana, com um ato no dia
2 de agosto, em conjunto com as demais categorias do funcionalismo
estadual. Diversas categorias estão em campanha salarial uma primeira
reunião do Fórum do Funcionalismo, aprovou ações conjuntas e uma
campanha pelo Fora Rosalba. Na assembleia, o representante da
CSP-Conlutas, Dário Barbosa, convocou os servidores para o dia 6 de
agosto, dia de luta contra o PL da Terceirização.
No
dia 7, será feita uma vigília no Walfredo Gurgel, com 200 velas, para
lembrar os 200 óbitos mensais, por falta de leitos, atendimento e
condições do principal hospital do Rio Grande do Norte. Na semana
seguinte, foi aprovado o indicativo de uma caravana à Mossoró, cidade da
governadora Rosalba, para fortalecer a greve na cidade.
As informações são do Jornal de Hoje